domingo, 26 de outubro de 2014

Poesia para as futuras Mamães












                                        Autoria Dr. Chico Neto

A mulher concebida
pejada pra vida
No ventre a vida caminha, cresce, algo acontece
Algo mexeu, no útero crescido, movimentos contidos


Meu concepto
Meu bebê
Nosso rebento
O feto de todos nós, em coro de uma só voz
Estamos ávidos
Com certeza grávidos.


                 Fonte: Centro de Reprodução Humana Dica Magalhães

sábado, 25 de outubro de 2014

Um toque de humor


                                                             
                                                                                     Fonte: zoado.com

Célula-tronco pode beneficiar reprodução humana, diz médico!

Ainda em caráter experimental, as pesquisas com células-tronco prometem grandes avanços em muitas áreas da medicina. A reprodução humana não fica para trás. Para o médico australiano Alan Trounson, um dos pioneiros das técnicas de fertilização in vitro (FIV), as células-tronco podem mudar a maneira com que a reprodução humana é vista hoje. Ele esteve no Brasil em agosto para falar sobre o assunto no 16º Congresso de Reprodução Assistida, realizado no Guarujá (SP). 

Alan foi o responsável pelo primeiro bebê de proveta da Austrália, em 1980. Desde então, seus estudos em reprodução humana contribuíram para aprimorar as técnicas utilizadas. Sua equipe gerou a primeira criança nascida de congelamento de embriões e foi pioneira no uso com sucesso de drogas de indução ovulatória nos tratamentos de FIV. 

Para ele, muitas técnicas desenvolvidas desde que começou a estudar reprodução humana melhoraram o tratamento, como a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) e o diagnóstico pré-implantacional do embrião. Alan acredita também que o número de 5 milhões de bebês nascidos por FIV no mundo desde que a técnica passou a ser utilizada continuará crescendo rapidamente. "Em alguns países, 4% dos bebês são provenientes de FIV", diz. 

Ele também considera importante o desenvolvimento de pesquisas com células-tronco embrionárias, que estuda desde 1998. Ele mudou sua linha de pesquisa devido a seu interesse na busca da cura para diferentes doenças, como HIV, diabetes e Parkinson. Hoje é presidente do Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia, nos Estados Unidos. O instituto recebeu neste ano US$ 150 milhões para realizar pesquisas com células-tronco e levar estudos à fase de testes clínicos. 

Embora Alan não tenha como foco de suas pesquisas a reprodução humana, ele não descarta a importância das células-tronco nessa área. "No futuro, será possível produzir espermatozoides ou óvulos a partir de muitas células. O resultado vai ser mais efetivo, utilizando células do cordão umbilical, que são mais jovens", afirmou ao Terra em entrevista por e-mail. 

Lado ético
Embora liberados no Brasil desde 2008 e em muitos outros países, os estudos com células-tronco embrionárias ainda levantam discussões éticas. "Nós temos observado uma preferência pela utilização das células-tronco adultas e não as embrionárias, até porque consideramos o embrião uma vida, o que envolve toda uma questão de proteção e cuidado", Paulo Taitson, professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e especialista em bioética e reprodução humana. 

Para ele, os outros tipos de células-tronco seriam melhores. "Sob o aspecto científico, as pesquisas com células-tronco adultas têm dado resultados muito melhores com uma perspectiva mais adequada. Acreditamos que possam preencher toda a demanda", afirma. 

Alan acredita que a sociedade deve aceitar e estimular a utilização das células-tronco em geral. "Os 5 milhões de bebês pós-FIV significam uma boa medicina. A mesma medicina poderá ajudar milhões de pessoas por meio das células-tronco. Boa medicina, baseada em evidências", afirma.

Óvulos podem ser reproduzidos de células-tronco ovarianas!



Cientistas americanos demonstraram, em pesquisa recente, que pode ser possível isolar e cultivar células-tronco produtoras de óvulos, a partir dos ovários de mulheres adultas.

Pesquisadores do Massachusetts General Hospital da Universidade de Harvard , em Boston-EUA, extraíram células-tronco germinativas capazes de produzir óvulos a partir dos ovários de camundongas adultas. As células-tronco geraram óvulos espontaneamente em laboratório, e os pesquisadores foram capazes de amadurecer as células usando tecido ovariano humano enxertado dentro dos camundongos.

É uma notícia fantástica, principalmente para as mulheres que dependem atualmente da doação de óvulos para engravidar. Este procedimento – FIV com doação – tem resultados excelentes, mas existe uma dificuldade atual nas clínicas de reprodução em conseguir doadoras espontâneas.

Esta dificuldade decorre principalmente de três fatores. Em primeiro lugar há uma demanda muito superior à oferta de óvulos doados, visto que cada vez mais mulheres procuram este tipo de tratamento devido aos excelentes índices de sucesso. Em segundo, os protocolos de estimulação ovariana (gonadotrofinas) estão atualmente mais suaves, com menores doses e maior precisão, e, por isso, não há tão frequentemente produção excessiva de óvulos.Por último, as mulheres estão adiando mais sua primeira maternidade, e assim o perfil de idade das mulheres que procuram os serviços de medicina reprodutiva tem aumentado – com isso a maioria não tem requisitos para ser doadora, como ter menos de 35 , ou ainda, idealmente, menos de 30 anos.

Os resultados do estudo, publicados na revista Nature Medicine , mostraram que os óvulos advindos das células-tronco, que pareciam normais ao microscópio, poderiam ser fertilizados com espermatozoides para produzir embriões .

O chefe da pesquisa , Dr. Jonathan Tilly, afirmou que o estudo “abre o caminho para o desenvolvimento de tecnologias sem precedentes no intuito de superar a infertilidade em mulheres”. Principalmente naquelas cujos óvulos estejam em quantidade, ou com qualidade, muito reduzida.

“Podemos chegar ao ponto de realmente ter uma fonte ilimitada de óvulos humanos” , disse ele.

Os resultados, que confirmam os resultados de uma pesquisa anterior também realizada pela equipe do Dr. Tilly,desafia a visão que as mulheres têm um número limitado de óvulos, e não são capazes de produzir mais nenhum após o nascimento.

”Tudo o que ensinamos aos especialistas em medicina reprodutiva pode mudar radicalmente, como consequência deste trabalho”, comentou o Dr. Allan Pacey, presidente da Sociedade Britânica de Fertilidade.

O médico Stuart Lavery, ginecologista e diretor da clínica IVF Hammersmith, disse que os achados eram “potencialmente um marco da pesquisa em reprodução humana”.

Em declarações à BBC, ele afirmou: “Se esta pesquisa for confirmada , pode derrubar um dos grandes assimetrias de biologia reprodutiva – determinar que o conjunto reprodutivo de gametas da mulher pode ser renovável , assim como é no homem”.

Mesmo se os resultados do estudo forem confirmados, a pesquisa ainda está em seus primórdios, e ainda não atingiu um estágio que possa ser usado em seres humanos, fato que pode estar a alguns anos de distância.

Pedindo cautela , David Keefe , professor de obstetrícia na NYU Langone Medical Center , em Nova York , disse: “A humildade é um requisito absoluto neste campo. Você está lidando com os sonhos e esperanças das pessoas”.

Seis mitos sobre a fertilidade feminina

A fertilidade é um dos assuntos que mais geram dúvidas nos pacientes. Sabendo disso, a diretora-médica do Vida (Centro de Fertilidade da Rede D'Or), Dra. Maria Cecília Erthal, elaborou uma lista de seis mitos sobre a fertilidade feminina. Veja abaixo:



1 - Minha menstruação é regular. Logo, certeza que sou fértil.
R: Não. O fato de ter menstruações regulares, nos fala a favor de ciclos ovulatórios, porém isso não significa fertilidade. Outros fatores, que não alteram o ciclo menstrual, podem estar implicados na dificuldade em engravidar, como o fator tubário/ peritoneal, fator uterino, fator cervical ou mesmo sem nenhuma causa aparente.
2 - Basta cuidar bem da saúde para não ter problema de fertilidade.
R: Uma alimentação saudável e exercícios físicos são sempre bem-vindos e recomendados, mas isso não quer dizer que essas medidas sejam suficientes para não se apresentar problemas de fertilidade. Outros fatores, independentes de um estilo de vida saudável, podem estar envolvidos e comprometer a fertilidade.
3 - Já tive um filho. Não vou ter dificuldade de engravidar novamente.
R: Ter engravidado naturalmente uma vez não é garantia de que o mesmo acontecerá uma segunda vez. A infertilidade secundária (quando um casal não consegue engravidar, com história de gravidez anterior) é tão comum quanto a infertilidade primária (casal com dificuldade em engravidar, sem história de gravidez anterior). As condições de saúde do casal podem alterar com o passar do tempo e a idade da mulher, que já não é a mesma da primeira gravidez, é o fator mais importante a ser considerado quando se decide calcular as possibilidades de gravidez de um casal.
4 - Somente as mulheres são inférteis.
R: Não. A infertilidade acomete tanto homens como mulheres, basicamente na mesma proporção. Em média, 30% dos casos de infertilidade são devidos ao fator masculino, 30% ao fator feminino, 15 - 30% aos fatores mistos e 10% são de causas desconhecidas. Se um casal apresenta dificuldade em engravidar, ambos devem passar por uma investigação clínica e ambos são passíveis de tratamento quando indicado.
5 - Não vou procurar uma clínica de fertilidade porque a única técnica usada é a fertilização in vitro. Com isso, eu corro o risco de ter gravidez múltipla.
R: Não. A Fertilização In Vitro (FIV) não é a única técnica utilizada em clínicas de Reprodução Humana Assistida, existindo outras como Inseminação Intrauterina e coito programado. Alguns casais podem nem ter indicação para essas técnicas e apenas com uma determinada conduta clínica ou, eventualmente, com um procedimento cirúrgico pode ser possível restaurar a fertilidade.
Em relação à gestação múltipla, essa taxa varia de acordo com o número de embriões transferidos na Fertilização in vitro. Na inseminação intrauterina ou coito programado, essa taxa varia de acordo com o número de folículos em desenvolvimento. Se o casal não deseja ter uma gravidez múltipla, consegue-se minimizar esse risco, como por exemplo, transferindo apenas um embrião nos casos de FIV.
6 - Já recorri a uma clínica e o tratamento não deu certo. Meu caso não tem solução.
R: As técnicas de Reprodução Assistida não são matemática. Uma série de fatores estão envolvidos e muitos deles ainda são desconhecidos. A medicina reprodutiva tem avançado muito nos últimos tempos e isso tem contribuido para cada vez mais, oferecermos o que há de melhor e mais atual para os casais inférteis.
É verdade que o tratamento, em alguns casos, é desgastante e algo frustrante, mas a perseverança muitas vezes leva à tão desejada gravidez. Confie no seu médico, esclareça as suas dúvidas e divida as suas angústias e medos. A caminhada pode ser longa, mas o objetivo final faz compensar qualquer esforço.
http://www.sidneyrezende.com/noticia/239024+seis+mitos+sobre+a+fertilidade+feminina

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Hospitais que fazem FIV pelo (SUS)

                           Centro de Referência em Saúde da Mulher – Hospital Pérola Byington, em São Paulo


Há exatos 30 anos, nascia o primeiro Bebê de Proveta (Fertilização In Vitro) no Brasil,  as técnicas evoluíram, mas o tratamento continua caro - custa de R$ 10 a R$ 20 mil.

No país, apenas nove hospitais fazem "fertilização in vitro" pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Abaixo a relação dos hospitais:

- Centro de Reprodução Assistida do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), antigo HMIB, em Brasília, vinculado à Secretaria de Saúde do DF;
- Centro de Referência em Saúde da Mulher – Hospital Pérola Byington, em São Paulo, vinculado à secretaria de saúde do Estado de São Paulo;
- Hospital das Clínicas de São Paulo;
- Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP);
- Hospital das Clínicas da UFMG, de Belo Horizonte (MG);
- Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre (RS);
- Hospital das Clínicas de Porto Alegre (RS);
- Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira – IMIP, em Recife (PE)
- Maternidade Escola Januário Cicco, em Natal (RN). 

                                                                                            Fonte: Globo.com

Primeiro bebê de proveta do Brasil e da América Latina completou 30 anos

                                 Anna Paula Caldeira ao lado da mãe, Ilza Caldeira (Foto: Adriana Justi / G1)

A primeira bebê de proveta do Brasil e da América Latina completou no último dia 07, 30 anos. Anna Paula Caldeira mora em Curitiba, no Paraná. O nascimento dela foi um marco para a medicina.
O nascimento de Anna Paula, em São José dos Pinhais, no Paraná, chamou a atenção do Brasil e do mundo. Além, é claro de despertar a curiosidade de todos na maternidade.
A menina nasceu saudável, com 50 centímetros e 3,5 kg e cresceu sob os holofotes. A saída da maternidade, o batizado, os aniversários. Tudo foi registrado pela imprensa.
“Sempre muita gente me procurou saber se o meu desenvolvimento estava normal”, fala Ana Paula Caldeira.
Anna Paula foi o primeiro bebê de proveta do Brasil e da América Latina. A técnica, criada em 1978, também é chamada de fertilização in vitro.
A mãe de Anna Paula já tinha cinco filhos quando decidiu encarar o tratamento. Na época, não foi considerada a candidata ideal para engravidar, porque tinha tido problemas no útero numa gestação anterior. Mas ela não desistiu. Só quando teve a gravidez confirmada, ficou sabendo que teria o primeiro bebê de proveta da América Latina.
“É uma história bonita, um marco na medicina brasileira. As mulheres ficaram felizes de ver que havia possibilidade, que era um método novo”, fala a mãe de Ana Paula, Ilza Caldeira.
A menina famosa desde criancinha completou 30 anos. Se tornou nutricionista e pensa em ter filhos e se tiver dificuldade para engravidar, não tem dúvida - vai recorrer à medicina:
“Algumas famílias questionam o procedimento é de Deus? É ciência? Quem está no comando não são os médicos. Muitas mulheres tentam e não conseguem. É uma ferramenta de ajuda”, afirma Anna Paula. 

                                                                                        Fonte: Jornal Hoje

Congelamento de óvulos facilita gravidez no futuro





Pelo fato do período mais fértil da mulher ir até os 30 anos, uma técnica oferece mais garantia para engravidar tardiamente. As mulheres que adiam a gravidez – por causa da profissão, da busca por um parceiro ou por outras questões pessoais – mas que, ainda assim, pretendem ter filhos no futuro, podem contar com a tecnologia de congelamento de óvulos para facilitar a sua fertilização quando chegar a hora.

A fase ideal para engravidar é entre os 25 e 30 anos, período mais fértil e com mais chances de ter filhos. A partir desta idade, a mulher já começa a produzir menos óvulos. E, portanto, é recomendável que, se ela pensa em engravidar algum dia, comece também a pensar no congelamento dos seus óvulos.

A vitrificação

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), o primeiro caso de gravidez com óvulo congelado ocorreu em 1986. No Brasil, este procedimento vem sendo feito com mais segurança e, consequentemente, maior sucesso a partir de 2008.

Conhecido como vitrificação, o congelamento de óvulos consiste no armazenamento destas células para, depois, serem fertilizadas em laboratório. Os óvulos são congelados em nitrogênio líquido e guardados em recipientes com isolamento térmico.

Nesta técnica, o ovário da mulher é estimulado por medicamentos para que produza uma quantidade extra de óvulos. Após este processo, eles são extraídos com uma agulha e tratados para serem congelados rapidamente e armazenados pelo tempo que for necessário.

Quando a mulher estiver disposta a ser mãe, os óvulos serão descongelados e fertilizados in vitro, por meio da ICSI (técnica de fertilização em que se injeta um único espermatozoide dentro do óvulo). Após a formação dos embriões, eles serão implantados no útero da futura mãe.

Por que congelar os óvulos?

As mulheres nascem com uma média de 2 milhões de óvulos imaturos, e já na primeira menstruação (menarca) este número diminui para 400 mil. Durante a fase reprodutiva, todo mês, mais ou menos mil óvulos são recrutados durante o momento reprodutivo, porém apenas um óvulo terá o seu amadurecimento completo, e todos os outros serão descartados, num processo chamado apoptose.

Evoluções no tratamento e resultado

Antes dos anos 2000, os óvulos congelados muitas vezes perdiam qualidade por serem armazenados de uma forma ainda não tão adequada, resultando em problemas de cristalização na hora do descongelamento. Hoje, a medicina reprodutiva está conseguindo excelentes resultados, graças a vários aperfeiçoamentos que foram realizados em todo o processo.


De acordo com dados da SBRH, se há 30 anos eram perdidos 90% dos óvulos, atualmente, este número caiu para 10%. 

                                                      Dr. Flávio Garcia de Oliveira18/08/2014 

FIV SIMPLIFICADA X FIV CONVENCIONAL

A FIV SIMPLIFICADA raramente utiliza os inibidores da ovulação. A quantidade de medicamentos necessária é bem menor que na FIV Convencional. Gasta-se, em medicamentos, aproximadamente R$1.500,00 na Simplificada e entre R$ 4.000,00 a R$ 7.000,00 na Convencional.
A monitoragem da ovulação é realizada por apenas 2 ou 3 ultra-sonografias transvaginais, dispensando os exames de sangue diários.
Nela uma mulher, sem sérios problemas de ovulação, produz três a seis folículos, número suficiente para a obtenção de três a quatro embriões o que resulta em 40% de sucesso em cada tentativa de FIV, 10% de gestações gemelares e 1% de trigêmeos.
Não é permitido transferir mais que quatro embriões. Embriões excedentes devem ser congelados. Embriões congelados podem ser transferidos posteriormente quando a gestação falhar ou para obtenção de segunda gestação. As chances de sucesso com a transferência de embriões congelados é a metade daquela em que se transfere embrião fresco. Embriões congelados podem ser mantidos indefinidamente, doados para outros casais ou após três anos utilizados em pesquisa de células tronco embrionárias. O congelamento de embriões acarreta custos e, às vezes, dilemas importantes. A FIV Simplificada evita o congelamento de embriões.
O excesso de medicamentos pode levar ao hiperestímulo ovário severo com riscos a saúde da mulher, além do desconforto de muitas injeções e dores abdominais.

A FIV CONVENCIONAL  estimula a ovulação visando produzir dez a vinte óvulos. Para que produzir tantos óvulos, se necessitamos apenas dois ou três embriões? Qual o destino dos óvulos não utilizados? Consideramos um exagero transferir três ou quatro embriões para uma mulher  jovem ou pequena.
Quando os ovários respondem mal a indução da ovulação a utilização de doses elevadas de medicamentos geralmente não melhoram os resultados.

Por que a FIV Simplificada tem tantas vantagens e não é utilizada em todas clínicas?

A FIV Simplificada foi desenvolvida durante os 25 anos de exaustivos trabalhos nesta área. Quando nasceu nosso primeiro bebê de proveta em 02/05/1986 a técnica de FIV era complexa e a eficácia baixa, razão pela qual procurávamos obter o maior número de óvulos e embriões, visando melhorar os resultados. Os conhecimentos e os recursos evoluíram, tornando-se hoje, extremamente fácil, realizar a FIV com ótimos resultados necessitado apenas três ou cinco óvulos, para obter dois a três bons embriões e excelente índice de sucesso (40% de gestações por tentativa, chegando a 50 ou 60% em mulheres jovens).
Se trabalharmos com mais óvulos ou embriões aumentaremos a ocorrência de trigêmeos e quadrigêmeos o que não é interessante.
Muitos médicos necessitam de um grande número de óvulos pois não conseguem resultados satisfatórios trabalhando com poucos.

Princípios básicos necessários para a FIV Simplificada.

- Constatar bom estado de saúde geral do casal preocupar-se com o estado emocional e nutritivo.
- Utilizar doses pequenas de medicamentos indutores da ovulação (Gonal, Puregon, Merional, Fostimon, - Menopur, Menogon, Luveris), e não utilizar inibidores da ovulação (Lupron, Synarel, Decapeptyl, Zoladex).
- Evitar produção excessiva de folículos (mais que seis).
- Realizar ultra-sonografias quantas forem necessárias para definir o dia fértil.
- Evitar excesso de anestésico na retirada dos óvulos. Não agredir os ovários com excesso de perfurações para retirada dos óvulos.
- Rigor técnico e controle de qualidade do laboratório que promove a fertilização "in vitro".
- Utilizar a ICSI (injeção intracitoplasmática do espermatozóide) sempre que houver qualquer suspeita de dificuldade de fecundação.
- Escolha criteriosa do melhor espermatozóide.
- Evitar que poluição, gases anestésicos ou infecção hospitalar afete o tratamento.
- Laser Assisted Hatching: abertura da cápsula dos embriões, com raio laser, para facilitar a implantação.
- Cuidados especiais na transferência dos embriões, para o útero.
- Repouso na cama pós a transferência dos embriões.
- Medicamentos para facilitar a implantação dos embriões e evitar abortos.
- Facilitar a comunicação com o médico.
- Ajudar o casal a suportar as falhas do tratamento, transmitindo-lhe a esperança do sucesso mais breve possível.

                                                                (Centro Paranaense de Fertilidade)

Diferenças básicas da FIV Simplificada (em rosa) e da FIV Convencional (em lilás)




                           
















                                                                 Gráficos: www.minifivcampinas.com                                                       

Fertilização In Vitro, passo a passo.


Fase 1 - Estimulação

A estimulação ovariana pode ser dividida em 2 fases: fase inicial ou de bloqueio (que dura 10 a 14 dias) e a fase de estimulação propriamente dita (que dura 12 a 14 dias).

Fase de bloqueio: a paciente usará uma medicação que tem como objetivo bloquear a ação da hipófise sobre o ciclo menstrual natural, por isso o tratamento poderá começar em qualquer fase do ciclo menstrual. De preferência começaremos na 2ª fase do ciclo menstrual. O bloqueio é necessário para termos um controle total do ciclo de tratamento, além de fazer com que todos os folículos (estruturas do ovário onde os estão óvulos) cresçam juntos, evitando a ovulação antes da hora.
Uma outra forma mais recente de bloqueio durante a estimulação, que tem a vantagem de economizar dias de estímulo e injeções, é aquela em que começamos a medicação FSH recombinante no 3º dia do ciclo menstrual. A medicação para bloquear a hipófise só começa a ser utilizada quando os folículos estão com diâmetro em torno de 14 mm. Esse esquema encurta em 15 dias (média) o tempo de tratamento.

Fase de Estimulação propriamente dita: durante a estimulação a paciente usará uma medicação (hormônio folículo-estimulante - FSH recombinante) que vai agir sobre os ovários, provocando a formação de óvulos maduros que serão aspirados.
Em um dado momento da estimulação, a paciente deverá fazer controles diários ou em dias alternados de Ultra-sonografia e dosagens hormonais (estradiol e progesterona), pois com isso saberemos exatamente o melhor momento para marcar a aspiração dos óvulos.
A avaliação do desenvolvimento folicular é feita pela medição do diâmetro médio dos folículos com ultra-som transvaginal. Quando pelo menos dois folículos atingem um diâmetro maior ou igual a 18-20 mm administra-se uma nova medicação com hora marcada chamada hCG (gonadotrofina coriônica humana) e 34-36 horas após realizamos a coleta dos óvulos. 


Fase 2 - Captação dos Óvulos e Obtenção do Espermatozóides
É um procedimento simples que exige uma leve sedação, ou seja, a paciente dorme durante alguns minutos, enquanto seus óvulos são coletados dos ovários. Uma agulha comprida e fina é dirigida ao fundo da vagina pelo próprio dispositivo de fazer ultra-som transvaginal (o chamado transdutor).

Nessa região, ou seja, no fundo da vagina é que encontramos os ovários repletos de folículos contendo os óvulos. Com o transdutor posicionado sobre cada ovário (primeiro do lado direto e depois do lado esquerdo) fazemos uma punção com a agulha guiada pelo ultra-som, o que nos permite aspirar cada um dos folículos ovarianos que contém óvulos.

Esse líquido aspirado de cada folículo (e que contém o óvulo) cai direto dentro de um tubo de plástico apropriado, acoplado à agulha, que é encaminhado ao laboratório de embriologia para identificação e classificação do óvulo. Após o procedimento a paciente descansa por 20 minutos e retorna a sua residência ou ao trabalho, onde vai aguardar as orientações para as próximas etapas.

Já os espermatozóides são obtidos no mesmo dia dos óvulos, através da masturbação (para os homens com espermatozóides no ejaculado) ou através da punção testicular ou do epidídimo (no caso dos homens sem espermatozóides no ejaculado - azoospermia). 


Fase 3 - Fertilização e Acompanhamento do Desenvolvimento Embrionário - Laboratório de FIV

Uma primeira forma de fertilização é a fertilização in vitro convencional (FIV convencional). Consiste em colocar um óvulo para cada 100 a 150 mil espermatozóides dentro de um recipiente apropriado feito de plástico inerte contendo um meio de cultura específico, para que apenas um desses espermatozóides penetre em cada óvulo disponível. Deste modo, os gametas masculinos vão procurar fertilizar o óvulo por sua própria "vontade".

Uma outra maneira de fertilização é a injeção intra-citoplasmática do espermatozóide (ICSI), ou seja, um único espermatozóide será apanhado por uma microagulha e será injetado dentro de cada óvulo disponível. A injeção de um único espermatozóide em cada óvulo maduro (em estado de metafase II ou MII) é feita após a limpeza dos mesmos em meios e soluções especiais.

A fertilização (presença de 2 pronúcleos) é verificada em microscópio invertido cerca de 18 hs após, tanto na FIV convencional quanto na ICSI.

Os pré-embriões, nessa fase denominados de zigotos, são colocados em cultura onde serão avaliados quanto ao seu desenvolvimento e clivagem. É desta forma que determinamos a qualidade embrionária. De maneira geral, os pré-embriões de boa qualidade são aqueles com uma taxa de crescimento e clivagem (divisão) normais (duplicam o número de células a cada 24 h, ou seja, em 24 h = 2 células, em 48 h = 4 células, em 72 h = 8 células e assim por diante). As células são simétricas e há muito pouco acúmulo de fragmentos celulares no interior de um pré-embrião de excelente qualidade.

Alguns fatores como os meios de cultura, a temperatura e o pH do meio podem influenciar no bom desenvolvimento e na qualidade dos pré-embriões. Por isso eles devem ser mantidos em estufas especiais e sob condições também especiais de temperatura e pH. Devem ser transferidos para o útero materno tão logo seja possível.


Fase 4 - Transferência de Embriões

A colocação dos embriões no interior da cavidade uterina é feita cerca de 48-72 h, às vezes até 120h (fase de blastocisto), após a captação dos oócitos e fertilização dos mesmos. É um procedimento rápido e simples e não requer sedação ou anestesia. A única exigência é estar com a bexiga cheia, para que se possa guiar a transferência pelo ultra-som pélvico.

Os pré-embriões são colocados em um diminuto tubo de plástico inerte (chamado catéter), procedimento realizado pelo(a) biólogo(a) dentro do laboratório de FIV.

Ao mesmo tempo o médico que vai transferir os embriões faz um exame de ultra-som pélvico (por isso é necessário a bexiga cheia), para determinar e visualizar a entrada do catéter (que está vindo do laboratório de FIV) dentro da cavidade uterina e para ter certeza de que está colocando os embriões no local adequado do útero, ou seja, próximo ao fundo da cavidade.

Após empurrar os pré-embriões para o local certo da cavidade uterina, o médico retira o catéter que vai ser checado pelo(a) biólogo quanto à ausência de embriões (claro, o catéter que sai do útero tem que sair sem os pré-embriões, pois eles ficaram dentro do útero).

A paciente deverá ficar 15 a 20 minutos de repouso após o procedimento, quando é liberada para casa onde deverá permanecer sem atividade física intensa por mais 24 horas. O ideal é não programar viagens para o mesmo dia da transferência. Dois dias após o procedimento a paciente pode ter vida normal, inclusive pode ter relações sexuais com o marido sem se preocupar.


Fase 5 - Suporte da Fase Lútea e Teste de Gravidez

Uma vez que os pré-embriões estão dentro da cavidade uterina, o uso de hormônios que auxiliam o fenômeno da implantação (ligação do embrião ao revestimento uterino) é obrigatório. O mais importante deles é a Progesterona. É importante ressaltar que esse hormônio além de auxiliar a implantação por estimular a secreção de substâncias nutrientes ao nível do endométrio que irão nutrir o pré-embrião, é um excelente relaxante uterino, que pode evitar contrações uterinas excessivas nessa fase. A Progesterona na forma de supositórios vaginais (Crinone - 8 mg) duas vezes ao dia, via oral (Utrogestan, Evocanil) 200 mg, quatro vezes ao dia, são os esquemas de administração mais frequentemente utilizados.

O "teste de gravidez" ou dosagem de beta (hCG) é feita no sangue 12 dias após a transferência dos pré-embriões, e um valor acima de 30 UI/ml é considerado positivo para gravidez de boa evolução. 


Fase 6 - Verificação da Gravidez Clínica

Quinze a vinte dias após a dosagem do beta-hCG positiva é feito um primeiro exame de ultra-som transvaginal para verificar a presença do saco gestacional e do polo embrionário em desenvolvimento. Nesse momento nós avaliamos a gravidez e o bebê em desenvolvimento. Nós asseguramos a paciente também de que a gravidez está dentro do útero e também determinamos se há implantação de mais de um embrião (gêmeos).




Fonte: clinicafgo.com.br/fertilidade/fiv-passo-a-passo/

O uso de técnicas de Reprodução Humana por casais homossexuais

Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou as técnicas de Reprodução Assistida para casais do mesmo sexo.

A luta contra o preconceito e a discriminação ainda está bem longe de ser vencida. No entanto, cada vez mais os casais homossexuais estão rompendo barreiras, inclusive com direito de vivenciar uma união estável, com a proteção da lei. Recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) também aprovou uma resolução que garante aos casais homossexuais o direito de recorrer à reprodução assistida para ter filhos.

Para Renato de Oliveira, ginecologista especialista em reprodução humana da Criogênesis, a decisão do CFM baseia-se na mudança cultural do brasileiro. “No Brasil, esse processo é mais recente, mas, em outros países, já é comum casais homoafetivos recorrerem às técnicas de reprodução”, afirma. Ainda de acordo com o especialista, os progressos na área da reprodução tem acompanhado a evolução da sociedade. “É de extrema importância destacar que a mudança na resolução não teria avançado tanto se não existisse também a revolução dos padrões de família. Independente da qualidade ou do estado civil de suas uniões, qualquer um pode realizar o sonho de ter um filho”, ressalta o especialista.

PROCEDIMENTOS
Em relação ao procedimento adotado na concepção de bebês, há diferenças entre casais de homens e casais de mulheres. No caso de casais femininos, uma das principais decisões diz respeito à escolha de qual delas levará a gestação à frente. “É importante destacar que, antes do procedimento, é necessário realizar exames de rotina e investigação para infertilidade a fim de analisar o sistema reprodutor da mulher. Um importante fator que pode contribuir na escolha de quem levará a gestação é a idade. De acordo com a resolução, mulheres com até 35 anos podem implantar até dois embriões; de 36 a 39 anos, até três; e acima dos 40 anos, quatro, embora haja uma tendência em evitar a colocação de mais de dois embriões, caso sejam de boa qualidade, a fim de evitar as complicações de uma gestação múltipla”, explica o ginecologista. “Após esses processos, espermatozoides são disponibilizados por um banco de sêmen de doadores anônimos para que o embrião seja implantado no útero de uma das parceiras”, explica.

Para os casais masculinos, o óvulo deve ser requerido no banco de doadoras e fertilizado com o material genético de um deles. “É feito um acordo entre o casal sobre quem doará o sêmen. A partir disto, busca-se uma doadora de óvulos anônima e o útero de substituição precisa ser de familiar até o quarto grau de parentesco. Na falta de parentes, é imprescindível encaminhar o caso ao CFM, explicando a situação e pedindo autorização para que outra pessoa, que não seja parente, possa “participar” do processo. "Nestes casos, uma amiga poderia ser uma alternativa”, esclarece o médico.



                                                        Fonte: MaxPress

O papel do Biomédico na Reprodução Humana

      O Biomédico especializado nessa área poderá atuar em Identificação e Classificação oocitária, Processamento Seminal, Espermograma, Criopreservação Seminal, Classificação embrionária, Criopreservação Embrionária, Biópsia Embrionária, Hatching. Além disso, o profissional formado nessa área está habilitado para atuar em Embriologia, realizando a manipulação de gametas (oócitos e espermatozoides) e pré-embriões.



http://www.ufrgs.br/biomedicina/biomedicina-2/habilitacoes/reproducao-humana

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Brasil, rota da fertilidade!

Nos últimos anos, o Brasil entrou na rota do chamado "turismo da fertilidade" - o setor que atende estrangeiros que cruzam a fronteira de seus países para ter acesso a tratamentos para ter filhos em outros lugares.
O fenômeno é observado em diversos países europeus, sobretudo a Espanha, onde algumas clínicas de fertilização mais parecem resorts cinco estrelas. Estatísticas globais são desconhecidas, mas estima-se que só na Europa mais de 20 mil mulheres cruzem as fronteiras de seus países com o objetivo de voltarem grávidas.
No Brasil, as clínicas especializadas em fertilização in vitro e outras técnicas de reprodução assistida vêm recebendo um número crescente de pacientes estrangeiros, principalmente (embora não apenas) de origem africana, que procuram o Brasil para realizar o sonho da maternidade ou paternidade.
Segundo especialistas consultados pela BBC Brasil haveria dois atrativos para as africanas: a qualidade das clínicas privadas brasileiras e o idioma comum.
O Brasil tem mais de 100 clínicas especializadas em medicina reprodutiva e profissionais de boa reputação. "Em geral essas pacientes vêm de países em que não há boas clínicas", explica Artur Dzik, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana.
Além disso, a maioria é proveniente de países cujo idioma é o português, como Angola e Moçambique - e o fato de poderem falar na sua língua com o médico e as enfermeiras é algo que ajuda a explicar porque escolheram o Brasil.

Preço

Outro atrativo do país é baixo custo dos procedimentos se comparado com os valores cobrados por clínicas europeias e americanas, por exemplo.
No Brasil, um procedimento de fertilização in vitro custa por volta de R$ 10 mil a R$ 15 mil. Nos países desenvolvidos, em geral, se paga o dobro.
"A busca por custos mais baixos também é uma das motivações de americanas e canadenses que nos procuram", diz Silvana Chedid, diretora da clínica Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI) em São Paulo.
Ela explica que o fator "preço" também contribui para que brasileiras que moram no exterior e são casadas com estrangeiros optem por voltar para o país para fazer o tratamento na hora de ter filho.
O Brasil também tem enviado algumas pacientes para outros lugares - principalmente para a Espanha - em geral quando há problemas para encontrar doadoras de óvulos no país.
Dzik diz já ter encaminhado pessoalmente algumas brasileiras para o país europeu. Segundo Chedid, em sua clínica esse encaminhamento ocorre nos casos em que a receptora não consegue encontrar um fenótipo específico de doadora no Brasil.
Fonte: BBC Brasil

Fertilização e inseminação, ambas distintas?


Basicamente, o que difere a fertilização da inseminação é a maneira como os óvulos são fecundados. A inseminação artificial consiste em injetar espermatozoides diretamente no útero da mulher e então fecundar o óvulo e gerar o feto. Para potencializar as chances de isso acontecer, a paciente toma uma medicação à base de hormônios, como o HCG, que estimula a ovulação. O sêmen do parceiro é colhido em laboratório e os espermatozoides com maior mobilidade, que têm mais potencial de criar bebês, são separados e injetados no útero. Aí é só torcer para a gravidez vingar.
Já a fertilização in vitro é um procedimento mais complexo. Ela é indicada quando as tubas uterinas, canais que ligam os ovários ao útero, originalmente chamados trompas de falópio, são obstruídas, impedindo a fertilização natural. O tratamento começa com injeções diárias à base dos hormônios usados no procedimento da inseminação. Depois, o médico realiza o ultrassom transvaginal, em que um pequeno bastão envolto com camisinha e gel lubrificante é introduzido na vagina. Ele extrai entre 1 e 3 óvulos, que vão para o laboratório. Lá, ficam em uma estufa com 100 mil espermatozoides (uma mixaria, já que a ejaculação normal tem de 40 a 100 milhões de células reprodutivas). Depois de 24 horas, um espermatozoide fecunda um óvulo e bingo: temos um bebê a caminho. Mas nem sempre a técnica funciona: 40% das tentativas dão certo (o que é muito: a taxa de fertilização dos humanos é de 15 a 20%). Só então o embrião é transferido para o útero, onde irá se desenvolver.


O passo a passo do novo bebê
A fertilização é mais complicada, mas tem mais chances de dar certo


Fertilização in vitro

- Em todo o mundo, a OMS estima que existam 3 milhões de bebês de proveta (feitos em laboratório). A técnica foi criada em 1978 pelo embriologista britânico Robert Edwards, que em 2010 recebeu o prêmio Nobel de medicina.

- Os espermatozoides e os óvulos ficam em uma estufa que simula o ambiente interno de uma tuba uterina, onde ocorre a fertilização na gravidez normal.

- Em outra técnica de fertilização, um aparelho injeta um espermatozoide em cada um dos 8 a 12 óvulos normalmente usados. Só então o embrião é transferido para o útero. A prática é indicada quando o homem tem uma quantidade muito baixa de espermatozoides.

Inseminação artificial

- O tratamento é indicado principal­mente quando o espermatozoide não alcança o útero naturalmente devido à baixa mobilidade.

- Os médicos acompanham a paciente fazendo uma ultrassonografia transvaginal a cada 3 dias. Quando um ou mais folículos (estrutura que abriga o óvulo) passam de 18 mm de diâmetro, é hora de estimular a ovulação.

- 5 milhões: é o número mínimo de espermatozoides necessários para serem injetados no útero. A chance de gravidez é de cerca de 15% - menor do que a in vitro, que fica em torno de 40%.

Fontes Flávio Garcia de Oliveira, ginecologista e diretor da clínica de fertilidade FGO. Luis Fernando Dale, ginecologista da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Paulo Gallo, especialista em reprodução assistida e diretor médico do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Uma nova vida!



Inseminação Artificial
A primeira inseminação artificial de que se tem registro, foi realizada pelos árabes em 1332, em eqüinos. Porém a primeira inseminação de poder científico, realizada em 1779, quando um italiano chamado Lázaro Spalanzani, colheu o sêmen de um cachorro e aplicou em uma cadela em cio, a qual pariu 3 filhotes.
No final do século XVIII um médico inglês, Hunter, obteve os primeiros resultados. Nos anos 70 esta técnica foi bastante utilizada de forma não muito precisa, gerando baixo índice de sucesso. Com a chegada da fertilização "in vitro" nos anos 80 esta técnica foi temporariamente abandonada e considerada bastante arcaica. Entretanto, nos dias de hoje, a inseminação artificial encontra novamente espaço no tratamento de casal infértil.
A fertilização "in vitro" é indicada para mulheres que tem obstrução tubária, as mulheres que possuem seqüelas de uma doenças inflamatória pélvica, mulheres que perderam as trompas, casais que não conseguem engravidar sem causa aparente e outras questões, como mulheres que nasceram sem útero, entre outras.
Imagem esquemática da Inseminação Artificial Intra-Uterina (IU)
A Inseminação Artificial, por outro lado, tem como requisitos básicos na mulher a presença de ao menos uma tuba pélvica e cavidade uterina normal. Consiste em depositar os espermatozóides, previamente selecionados, no interior do útero. Existem duas modalidades de inseminação artificial: Inseminação Artificial Intra-Cervical (IC). Inseminação Artificial Intra-Uterina (IU).
A Inseminação Artificial Intra-Cervical permite reproduzir as condições fisiológicas da relação sexual, porém, não apresenta, teoricamente, nenhum elemento de superioridade em relação ao ato sexual. É utilizada em casos de impossibilidade de uma relação sexual normal ou de uma ejaculação intra-vaginal (mal-formação sexual; distúrbios sexuais; distúrbios na ejaculação).
A Inseminação Artificial Intra-Uterina consiste em depositar espermatozóides móveis capacitados (aptos a fertilizar, pós-tratamento do sêmen em laboratório) no fundo da cavidade uterina após a indução da ovulação. O mínimo exigido são 5 milhões de espermatozóides selecionados ao final do preparo de sêmen no laboratório
A Inseminação Artificial Intra-Uterina apresenta algumas vantagens em relação a outra técnica.
· Não há a necessidade da presença de muco cervical (o muco cervical é necessário para migração dos espermatozóides durante o processo de fecundação natural). Este pode estar ausente por distúrbios na ovulação ou alteração anatômica do colo uterino (pós-cirurgia ou processo infeccioso). Em outros casos o muco poderá estar presente, porém pode ser hostil a penetração dos espermatozóides (acidez ou fator imunológico).
· Como os espermatozóides são injetados além do colo do útero, esta técnica permite ainda aumentar o número de espermatozóides móveis adentrando a cavidade uterina e subseqüentemente, atingir o terço distal da trompa de falópio (local da fecundação), facilitando o encontro do óvulo com o espermatozóide.
Esta técnica é utilizada em casos de incapacidade do marido/parceiro, ejacular no interior da vagina da sua parceira, distúrbios ovulatórios; alterações no muco cervical, que vão impedir a livre penetração dos espermatozóides no útero; determinadas alterações na qualidade do sêmen, alterações nas trompas uterinas, endometriose.
Em caso de não haver a possibilidade do marido/parceiro produzir espermatozóides, utiliza-se o esperma doado um indivíduo.
As chances de sucesso quando realizada a técnica de Inseminação Artificial Intra-Uterina é de aproximadamente 18 a 20%.

Etapas da Inseminação Artificial
É necessário haver uma estimulação ovariana. A estimulação é feita através de hormônios de forma controlada para não ocorrer a hiperestimulação ovariana e gravidez múltipla. Associado a estimulação ovariana, os espermatozóides são selecionados em laboratório.
O esperma é formado pelo líquido seminal e pelos espermatozóides. Na inseminação, os espermatozóides são separados do líquido seminal, sendo apenas os espermatozóides utilizados. Como os espermatozóides são colocados acima do orifício interno do colo do útero, o líquido seminal não é necessário porque este serve como meio de transporte para os espermatozóides. O líquido seminal é substituído por um meio de cultura adequado.
O processo de separação do esperma consiste na centrifugação do ejaculado em conjunto com um meio de cultura. Esta centrifugação faz a separação da parte sólida (espermatozóides e células) da parte líquida (meio de cultura e líquido seminal).


Foto de cateter
O resultado da centrifugação que contém os melhores espermatozóides é injetado no interior do útero da paciente da seguinte forma: A paciente fica em posição ginecológica e o médico coloca um espéculo (aparelho utilizado para exames ginecológicos) na vagina. Após desinfecção do orifício do colo o útero, um cateter é introduzido até o interior do útero. O concentrado de espermatozóide previamente selecionado é injetado diretamente no interior do útero. Após a injeção de espermatozóide o cateter é retirado. A fertilização neste caso é "in vivo", dentro das tubas.
Neste processo não é necessário repouso além dos 30 minutos que se seguem à inseminação ou modificação da vida pessoal.

http://www.ghente.org/temas/reproducao/art_inseminacao.htm